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Desculpa

  • 8.º D - Ana Beatriz Jorge
  • 27 de abr. de 2017
  • 1 min de leitura

- Desculpa.

“Desculpa”, aquela palavra contraditória que mexe connosco de uma maneira que nenhuma outra alguma vez conseguirá mexer...

“Estás desculpado.” pensei para dentro.

Outras duas palavras que por si só são tão inofensivas, mas quando se aliam, são comovi-me canhão. Sendo uma o fogo e a outra a pólvora, depois de reunidas, já nada as para. O pior de tudo, é que nunca se sabe como acaba. Tanto podem acabar por afogar no mar, como podem acertar no navio inimigo e aí já não se reparam os estragos. Mas o pior é quando se viram e acertam no nosso próprio barco e abrem um buraco tão grande, que acabamos por naufragar... no mar do arrependimento.

Ali estava ele. Com uma cara arrependida – tão profunda, que não se distinguia se era real ou não – a pedir perdão. E eu, ali especada sem saber se pronunciava aquelas duas inseparáveis palavras. Uma vez ditas, já não havia volta a dar. Seriam elas o suficiente para cobrir toda a minha mágoa? Bom... só resta uma opção: tentar, arriscar...

- Estás desculpado.

- Obrigado.

Estaria ele a ser sincero? Pois, não sei.

Passado um tempo, voltou tudo ao mesmo. As desculpas, as mentiras. Tudo.

Estava tudo esclarecido. “Desculpa”, aquela palavra contraditória estava de volta. Com ela, trazia todos aqueles sentimentos que despertavam emoções adormecidas, que eu, e toda a gente, gostava que nunca tivessem existido. “Mas será que desta vez é a sério?” Só há uma maneira de descobrir...


 
 
 

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